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Divisão de Base! Pra que te quero?

Existe um dito popular que fala: “pernas, prá que te quero?”. Reflete a uma situação de perigo, em que o sujeito tem que correr, para se livrar dela. Transferindo ao futebol, da região Nordeste, sobretudo, ao nosso querido Estado da Bahia, no tocante às divisões de base, é exatamente o que está ocorrendo neste momento. “Divisão de base! Pra que te quero?”

Os clubes fazem altos investimentos financeiros em suas divisões de base, mas infelizmente não têm retorno nos dois principais focos delas que são: suprir as equipes de profissionais com jogadores de qualidade e, negociar anualmente entre um a três atletas para reforçarem o caixa do clube.

Há muitos anos, não vemos revelações de bons jogadores nas divisões de base dos nossos clubes, principalmente nos maiores, EC Bahia e EC Vitória. Observem, que falo de bons e, não de excelentes jogadores. Tem algo errado no processo!

É evidente, que uma mangueira não produz excelentes frutos em todas as safras. A mesma arvore, tem ano que produz frutas de excelente qualidade e, em outros, não. Contudo, quando cuidamos bem dela com limpeza, poda, correção do solo e adubação adequada, os frutos mantêm uma regularidade na qualidade.

Existe, sem duvida, uma polemica com relação ao aproveitamento da mão de obra local em nossas divisões de base. Enquanto, nós a refugamos, os clubes da região sul vêm busca-la em grande escala, debaixo dos nossos narizes. E, ela, faz sucesso, sendo demasiadamente respeitada, fora de casa.

O pior, é que entramos no processo de importação dessa mesma mão de obra, para as nossas divisões de base. – À boca pequena, fracasso total –.

Qual é a dificuldade com a nossa mão de obra? Acho, que temos muita gente competente nessa área. Sejam quais forem às dificuldades e deficiências dela, vamos trabalhar para corrigirmos, se for o caso, pois competentes na área de futebol, eles são. E, são da terra. Tudo a ver!

Não acredito que os clubes estejam buscando excelentes administradores, grandes profissionais com mestrado e doutorado em futebol. Exímios executores de programas de qualidade, lideres natos. Seria um sonho. Apenas, um sonho.

Caráter e disciplina, claro, são fundamentais. Vamos buscar gente boa, com bons princípios e principalmente que conheçam do produto futebol.

Não consigo entender, o fato de um garoto ficar nas divisões de base de um clube dos 12,13 ou 15 anos de idade, tendo seus custos, que não são baixos, bancados e quando chega aos 20 anos, hora de servir ao time de profissionais, alguém diz que ele não reúne condições para tal. Que processo de avaliação e acompanhamento é esse? Estamos jogando dinheiro pelo ralo!

Fica o alerta de quem ama o futebol e, sabe do potencial do nosso Estado, que conta com 417 municípios. Quantos profissionais, remunerados, na função de olheiros, por exemplo, a dupla BAVI tem nesse mundo de interiores? É hora de repensar os processos.

                                                     Adalberto Cunha, empresário.

 

 

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