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Evaristo de Macedo, competente técnico. E um eterno gozador

Evaristo de Macedo, para muitos, o "Evaristinho" teve várias passagens pelo futebol baiano. A primeira foi dirigindo o Fluminense de Feira de Santana, em 1971. Neste ano, houve uma competição chamada "Torneio de Integração", em Goiânia, e o clube de Feira de Santana foi o representante da Bahia. O saudoso Enádio Moraes, então diretor do Jornal da Bahia, de onde eu era repórter, também, era diretor do clube do interior e eu fui convidado para integrar a delegação. Participaram clubes como Ponte Preta, que perdeu a final para o Atlético Goianiense, Náutico, Fortaleza, entre outros. O período de disputa foi de 7 de setembro a 19 de outubro.

A TV Brasil Central, afiliada da Rede Globo, em Goiânia, deu total cobertura ao evento. E além de cobrir, para o extinto Jornal da Bahia, eu acompanhava os jogos para a Rádio Excelsior. Um certo dia, estava no meu apartamento, não lembro o nome do hotel, e o telefone toca.

– Alô. Boa tarde. Quero falar com o jornalista que está acompanhando a delegação do Fluminense de Feira de Santana.

– Está falando com ele. Sou o Mário Freitas.

– Ah, ótimo. Veja bem: vamos fazer um programa esta noite e queremos trazer todos os jornalistas e radialistas para uma mesa rodonda. Você pode vir?

– Claro. Posso sim.

– Então faça o seguinte: coloque uma camisa colorida, de preferência vermelha, pois  o programa será mostrado em cores. Por volta das 21 horas, vai um carro da TV pegar você aí no hotel. Certo?

– Ok. Estarei esperando.

Pensei comigo, mesmo. Que beleza. Vou ter uma grande chance de participar deste programa. Era tudo que eu queria. A televisão em cores era um fato recente no Brasil. Como sempre fui pontual, por volta das 20 e 50 horas, já estava na porta do hotel. Deu 21 horas e nada. Mais 15 minutos e nada. De repente, chega Evaristo.

– E aí, Mário Freitas . Está fazendo o que aqui com esta camisa bonita?

– Fui convidado para participar de uma mesa redonda e vem um carro da TV Brasil Central me pegar

– Boa. Aproveite. É uma boa oportunidade para você que está começando a carreira. Vou subir, boa noite.

E eu continuei esperando. Deu 21 e 30 e nada. Deu 21 e 45 e nada. Por volta das 22 horas eu subí. Pensei comigo: ou os caras  erraram o nome do hotel, ou o programa deve ter sido cancelado.

Nada disso aconteceu. No dia seguinte, no café da manhã, o grande Evaristo de Macedo. confessou que foi ele quem tinha me passado um trote. Coisas para um jovem, com disposição e vontade de aparecer para o Brasil, no início de carreira. Até hoje, quando nos encontramos, o grande amigo Evaristinho recorda e faz gozação comigo.

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