Para a participação ser perfeita, faltava fechar a trinca. Faltava a parceria com Erlon de Souza. Desta vez não foi em uma prova olímpica e nem treino teve. Mas a dupla mostrou que a sintonia é tão boa que mesmo do improviso foi possível extrair sucesso. Com o tempo de 1m40s043 no C2 500m, Isaquias Queiroz selou a conquista de sua terceira medalha no Mundial de Montemor-o-velho, um ouro conquistado com muita soberania. Esta foi a primeira de Erlon na competição.
Completaram o pódio Melantev/Chebotar, da Rússia e Sliwinski/Lubniewski, da Polônia.
Passadas as duas conquistas individuais de Isaquias na raia portuguesa, um ouro no C1 500m e um bronze no C1 1000m, a dupla medalhista na Rio 2016 voltou a se unir. Não havia qualquer cobrança por resultado, uma vez que os dois não treinaram juntos ao longo da temporada e se inscreveram mais pela expectativa por uma eventual surpresa. Mesmo assim, sobraram na bateria classificatória, passando em primeiro e livrando-se da semifinal (1m44s718).
A superioridade sobre estes adversários nem de longe os deixou satisfeitos. Saíram na água falando sem parar sobre correções e adaptações que precisariam ser feitas para a disputar por medalhas. Queriam assistir ao vídeo da prova o quanto antes para fazer o ajuste fino e subir ao pódio. Conseguiram e nos deixaram otimistas. Imagine o que eles podem fazer juntos quando estiverem devidamente treinados.
Foto: Helena Rebello