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Liga Nordeste marca reunião para decidir futuro do Regional

Com cinco datas pendentes para o término da disputa e sem a prerrogativa de ser uma competição classificatória para torneios nacionais, a Copa do Nordeste vive um clima de incerteza em 2020.

Tentando encontrar espaço no calendário, a Liga Nordeste marcou uma reunião com os clubes para a próxima sexta-feira. Mas há, nos bastidores, dirigentes que trabalham com a ideia de encerrar o torneio de forma antecipada.

A possibilidade, no entanto, é rechaçada pelo presidente da Liga Nordeste, Eduardo Rocha. Na avaliação dele, o fato de a competição trazer dinheiro aos clubes fará com que ela seja finalizada nos gramados.

– A Copa do Nordeste tem pouquíssimas rodadas. Precisamos de mais quatro, cinco e isso são 20 dias no máximo. Além disso, a Copa traz dinheiro aos clubes, que só pode chegar se acontecer. Ao passo que alguns estaduais infelizmente não têm televisionamento e, por consequência, não têm também valores. Mas entendo também que devam ocorrer, porque classificam para outras competições, como Copa do Brasil e Série D. Não vislumbro nenhuma possibilidade de não ter.

Por se tratar de uma competição interestadual, a Copa do Nordeste sofre com os vários cenários vividos pelas federações. Uma vez que a pandemia causada pela Covid-19 encontra-se em etapas diferentes na região.

Para se ter uma ideia, até agora, apenas os clubes do Ceará retomaram as atividades presenciais. Pernambuco tem o início do retorno previsto para a próxima segunda-feira. Enquanto isso, Bahia, Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe traçam planos, mas ainda não efetivaram na prática.

Uma possível solução, de acordo com Eduardo Rocha, é a redução do intervalo de horas entre os jogos. A medida, que faria com que as partidas deixem de ter 66h de espaço entre elas para 48h, está sendo estudada pela CBF, segundo o dirigente.

“Não foi culpa de ninguém a parada, deverão retomar num prazo breve. A CBF está tomando alguns ajustes como a diminuição do intervalo de jogos, liberando a substituição para cinco. Imagino que vamos ter as competições ocorrendo dentro de campo, de uma maneira mais apertada, mas vai ter.”

A iniciativa para reduzir o intervalo, no entanto, não foi aceita pelos jogadores. Segundo o presidente da Fenapaf, Felipe Augusto, os atletas não aceitam a mudança do acordo firmado em 2017, que prevê o mínimo de 66h entre os jogos.

– Nós fizemos a consulta. Todos disseram não. Não pode haver jogo com intervalo inferior a 66h. A Fenapaf não está autorizada a quebrar o acordo, pois a categoria não aceita. É para cumprir o acordo assinado em Campinas, há três anos, que se estendeu para todo o Brasil – disse o representante dos atletas, que ameaça ir ao TRT em caso de descumprimento.

Com isso, caso queiram reduzir o espaço entre os jogos, os clubes terão que utilizar equipes totalmente diferentes nas partidas que aconteçam com menos 66 horas de intervalo. Foto: Felipe Oliveira / Bahia /Informações: GE

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