Início dos anos 80, escalado pelo meu amigo e chefe da equipe esportiva da Rádio Clube, Martinho Lelis atualmente comentarista da Rádio Sociedade AM 840, fui a São Paulo transmitir um jogo do Bahia pelo Campeonato Brasileiro contra o São Paulo no Morumbí. No dia seguinte, acordei cedo, cheio de sono, e fui pegar um vôo da extinta Transbrasil, às 7 horas, no aeroporto de Congonhas. Como tinha tempo, me dirigi a uma lanchonete para tomar o café da manhã. Como tenho boa memória, lembro que pedí um café com leite e um sanduiche misto.
De repente, vejo que algumas pessoas que trabalhavam no estabelecimento, me olhavam e e falavam alguma coisa entre sí. Fiquei na minha e o garçon voltou.
– Seo Zé Rico, espere um pouco que estamos preparando um sanduiche no capricho.
Eu, meio que sem entender, respondí.
– Ok. Obrigado.
De repente a " platéia" aumentou. Vem o garçon, outra vez, e fala.
– Pronto, seo Zé Rico, aqui está. Todos capricharam. O senhor vai gostar.
– Valeu, muito obrigado.
Ele, então, falou.
– O pessoal quer saber se pode fazer uma foto com o senhor ?
– Poder, pode. Mas não estou entendendo porque vocês querem fazer uma foto comigo.
– O senhor não é o Zé Rico da dupla sertaneja, Milionário e Zé Rico ?
– Não. Sou Mário Freitas, radialista da Rádio Clube de Salvador.
– Ah, então desculpe, senhor.
– Por nada. Obrigado pelo atendimento
E o mau entendido foi desfeito. Na época, eu tinha cabelos grandes, encaracolados e usava barba. E realmente, tinha uma semelhança muito grande com o Zé Rico, cantor que morreu em dezembro de 2014.
Viví o meu momento de fama, por alguns minutos, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.