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Procurando técnico, ligação do Vitória cai no cemitério da Consolação

Sempre mantive bom relacionamento com jogadores e dirigentes de clubes. No início da década de 70, o Vitória estava procurando um treinador. O presidente era o saudoso Raimundo Rocha Pires, o Pirinho. Houve uma reunião na casa do também saudoso Alexi Portela, pai de Alexi Portela Filho, ex-presidente do clube, no bairro da Vila Laura. Lembro-me que estavam presentes, além dos dois citados, Wilson Menezes, que foi diretor do clube e da Rádio Excelsior, Divalmiro Sales, ex-supervisor, entre outros

O Vitória estava procurando um treinador. Todos concordaram que eu ficasse na reunião, desde quando não divulgasse a notícia nem na Rádio Excelsior nem no Jornal da Bahia. Palavra dada, compromisso fechado. Surgiram, então, sugestões de nomes: Djalma Santos, Jorge Vieira, Tim, Paulinho de Almeida, Paulo Emílio entre outros.

De repente, se chegou a um consenso. O escolhido foi Djalma Santos. Como sempre fui ágil em telefone, me pediram para fazer a ligação. Falei com alguns amigos e conseguí o número (que seria de Djalma Santos ). Aí, fui fazer o contato.

Disquei a primeira vez e ninguém atendeu. Insisti e alguém respondeu.

– Boa noite. Falei

– Boa noite . Quer faler com quem ?

– Com o técnico Djalma Santos.

– O senhor ligou para quem, mesmo ?

– Para Djalma Santos, técnico de futebol e ex-jogador da Seleção Brasileira.

– Meu amigo. O senhor ligou para o cemitério da Consolação, em São Paulo.

E foi um festival de risadas. O Vitória procurando um técnico e a ligação foi cair logo num cemitério. Depois, conseguimos o número do técnico e o bicampeão mundial, pela Seleção Brasileira, 1958 na Suécia, e em 1962 no Chile,  veio realmente treinar o Vitória.

Com foto de verdinhas.com..br

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