Chuteiras coloridas viraram moda na Copa de 1994. Mas já existiam desde 70

O futebol mudou também na moda esportiva. Até pouco tempo atrás, qualquer chuteira que não fosse preta chamava enorme atenção em campo. Hoje acontece o oposto: raríssimos atletas optam pelo “pretinho básico”, que até ganhou ares vintage ou “raiz”.

O primeiro jogador a ousar abandonar as chuteiras pretas foi o britânico Alan Ball, meia com passagens por Everton e Arsenal e campeão mundial pela seleção inglesa em 1966. Em 1970, atuando pela equipe de Liverpool, ele se tornou o garoto-propaganda da marca alemã Hummel, que queria causar impacto no mercado inglês e conseguiu com o lançamento da inédita chuteira branca.

No Brasil, dois irreverentes goleadores foram os primeiros a abandonar as tradicionais chuteiras pretas. Em seus primeiros anos como atacante do Corinthians, Walter Casagrande Júnior, surpreendeu ao aparecer em campo com uma chuteira branca da marca Puma.

O outro foi Serginho Chulapa, então no Santos, que chocou os torcedores com uma chuteira vermelha da marca americana Pony, que lhe pagava uma boa quantia pela ousadia.

A Copa de 1994 foi um marco mundial desta mudança. Estrelas internacionais como o belga Enzo Scifo e o italiano Dino Baggio atuaram nos Estados Unidos com modelos da Diadora que acompanhava as cores das respectivas seleções

Em 1998, a marca italiana manteve o projeto e o goleiro brasileiro Taffarel jogou o Mundial da França com pares icônicos nas cores verde e amarela.

O modelo mais recordado daquela Copa, porém, foi mesmo o de Ronaldo. A Nike lançou sua primeira chuteira Mercurial, um modelo exclusivo da linha R9, nas cores prateada, azul e amarelo.

Informações Revista Placar

Foto: Reprodução Placar

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