Vitória e Cruzeiro ficaram no empate, por 2 a 2, na noite da segunda-feira (19), encerrando a 23ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro chegou a abrir dois gols de diferença, com Osvaldo e Alerrandro, este em um golaço de bicicleta, mas o zagueiro Neri acabou expulso, ainda no final da primeira etapa, dando vantagem numérica para o Cruzeiro buscar o empate com dois gols de Dinneno.
O segundo gol do Cruzeiro foi um erro crasso da arbitragem. O meia Matheus Henrique, no início da jogada, dominou a bola amplamente com um dos braços, dando origem ao gol de empate, na reta final do jogo. O VAR revisou o lance, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique confirmou o tento, para revolta do presidente rubro-negro, Fábio Mota.
Após o apito final, Fábio Mota tomou a frente do auxiliar Estéphano Djian, que estava à frente do time por conta da suspensão do técnico Thiago Carpini, e teceu fortes críticas à arbitragem brasileira.
“Eu não costumo fazer isso, nunca fiz como presidente do Vitória. Mas hoje, acho que passou de todos os limites. Acho que o que está acontecendo com a arbitragem brasileira, especificamente com o Vitória, é uma vergonha”, reclamou.
“Fomos prejudicados contra o Botafogo em um gol anulado sem sentido. Fomos prejudicados contra o Corinthians, quando o VAR chamou, e o árbitro não expulsou o jogador do Corinthians. Hoje foi um escândalo em todos os sentidos. Não estou discutindo se o Cruzeiro já teria empatado o jogo, acho até que já merecia ter empatado, mas não dessa forma que foi. Está nítido que não é fácil brigar no Campeonato Brasileiro como estamos brigando. Fazemos um esforço gigante para enfrentar de igual para igual times fortes como esse, um time milionário com investimento de mais R$ 20 milhões e folha de R$ 30 milhões. O Cruzeiro não precisa disso. É um absurdo, é vergonhoso. Precisamos clamar pela profissionalização da arbitragem. Enquanto a arbitragem não for profissional, vamos ficar cheio de dúvidas e indagações na nossa cabeça”, completou.
Mota ressaltou ainda que o momento atual da arbitragem brasileira é “o pior da história”. Segundo ele, o toque de mão de Matheus Henrique na origem do segundo gol do Cruzeiro foi claro e não há justificativa contrária.
“É um absurdo não ter uma arbitragem profissional. Nós no Brasil temos essa vergonha de não ter profissionalismo na arbitragem. Será que todo mundo viu que foi mão e o árbitro não viu que foi mão? Se ele conseguir provar que não foi mão e mostrar uma imagem exclusiva, cai por terra tudo que eu estou falando”, ressaltou.
“É vergonhoso, o Cruzeiro, o Corinthians, o Fluminense não precisam disso para não cair. Será que é para o Vitória cair, porque é o que tem menor investimento? É isso que precisamos saber. Eu clamo para o Brasil que precisamos ter o profissionalismo da arbitragem. O árbitro precisa ter a profissão de árbitro e receber como árbitro, não fazer disso um bico, tendo outra profissão. O maior erro vem daí. Enquanto não profissionalizarmos a arbitragem do Brasil vamos passar por isso. Tentamos jogar de igual para igual contra o Cruzeiro, mas os dois pontos não voltam. O prejuízo é do clube, que faz um esforço enorme e sai prejudicado. Estamos vivendo uma crise histórica da arbitragem no Brasil, é o pior momento desde a sua existência. Vamos parar tudo e profissionalizar a arbitragem. Não é para fazer disso um bico para colocar dúvida na nossa cabeça. Não é possível que o Brasil todo viu que foi mão e o árbitro não marcar mão”, concluiu o presidente.
O Vitória terá uma semana de preparação para enfrentar o São Paulo no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), no Morumbis. O Rubro-Negro saiu da zona de rebaixamento com o empate desta segunda, mas segue empatado em pontos com o Corinthians (22), primeiro time do Z-4.
Foto: Marcello Góis/Arena Rubro-Negra
Uma resposta
Foi vergonhoso, árbitro reincidente e var gaúcho onde os times do RS, também tinham interesse em resultado negativo do Vitória.