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Jaqueline se aposenta da Seleção Feminina de Vôlei

Jaqueline tenta buscar forças em seus pensamentos, mas as lágrimas rapidamente enchem seus olhos ao anunciar a despedida da seleção brasileira. A bicampeã olímpica não está triste. O choro é de orgulho ao lembrar com carinho os 18 anos a serviço da equipe nacional. A jogadora de 34 anos não estará no time de José Roberto Guimarães, que se prepara para o Mundial do Japão, no fim de setembro.

– É muito difícil, porque são muitos anos de seleção, mas sei que estou certa dessa decisão. Quero aproveitar um pouco o meu filho. Sei que estou acabando no vôlei também. Neste momento, eu não iria de corpo e alma ao Mundial e queria ir só para aquilo. Neste momento eu preciso estar com meu filho, com minha família – disse Jaque.

 

Casada com o também medalhista olímpico Murilo, Jaqueline deu à luz Arthur em dezembro de 2013. Nos últimos dias, o garoto de quatro anos viu os pais viajarem para defender o Brasil, inclusive com uma convocação de última hora da mãe para a fase final da Liga das Nações, quando a seleção ficou na quarta posição na China. A cabeça da jogadora, porém, ficou no filho.

 

– Este ano foi crucial para minha decisão, junto com meu marido. Eu precisava desse tempo para o meu filho. Recebi convocação para a China do nada. Não tinha onde deixar meu filho, foi um desespero, acabei arrumando tudo para que eu pudesse viajar e deixar ele tranquilo. Vi tanto sacrifício que fiz, com o meu filho, as dificuldades de ter que viajar. Isso me motivou bastante. Ele sofreu muito. Foi um momento bem difícil. É uma fase da minha vida, porque depois que vira mãe, é muito complicado. A gente tem que se privar de muitas coisas por ele. Tudo o que faço é pelo meu filho – contou Jaque, contendo as lágrimas.

 

Jaque se despediu da seleção, mas não do vôlei. Depois de defender o Barueri na última temporada, ela tem propostas para mudar de clube. Pode jogar ainda como ponteira ou abraçar a função de líbero. Seu futuro está aberto, mas ainda vai ser nas quadras.

 

– Agora é um ponto de interrogação. Estou bem tranquila, recebendo propostas. Quero pensar, estar com o Arthur. Estou feliz que aconteceram propostas. Quero continuar perto de São Paulo, perto da família. Mas não fecho as portas para jogar fora. Levo meu filho junto (risos).

 

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