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A persistência e o sucesso de Daniela Mercury

Fez 31 anos recentemente que o Bahia ganhou o bicampeonato brasileiro, ao empatar com o Internacional por 0 a 0, em Porto Alegre, depois de vencer na Fonte Nova por 2 a 1. É verdade que a partida final só foi disputada num domingo ensolarado na capital gaúcha, dia 19 de fevereiro de 1989. Com o título, o Bahia ganhou o direito de ser um dos representantes do Brasil na Taça Libertadores da América. Naquela época, apenas o campeão e o vice tinham direito a participar da competição.

Estava começando com a minha equipe esportiva na Rádio Cultura e não podia ficar de fora dos jogos do Bahia na competição sul-americana, fora do Brasil. Lembro que o campeão brasileiro jogou em Lima, no Peru, e em São Cristobal, na Venezuela. Chamei os comentaristas Martinho Lelis de Santana, Eliseu Godoy e o repórter Renato Lavine.

– Pessoal.Vamos cair em campo para vender estes jogos do Bahia, fora do Brasil ?

– Vamos nessa. Responderam os três.

E cada um começou a vender as suas cotas para os jogos internacionais. Na oportunidade, eu já tinha uma cota de publicidade do grupo Paes Mendonça para os jogos realizados no Brasil. Fui, então, procurar o Ielson Amorim, que na oportunidade era diretor de propaganda do grupo PM.

Chegando lá, apresentei a proposta e começamos a bater papo sobre a conquista do Bahia. De repente , toca o telefone. Ele me me pede licença para atender.

– Quem quer falar comigo ?

– É  Daniela. Respondeu a telefonista.

– Diga a ela para me ligar outra hora, pois estou ocupado.

E aí me disse.

– Pô, Mário. É uma menina chamada Daniela Mercury. Ela quer que eu a contrate para puxar o trio de Paes Mendonça no Carnaval.

Continuamos o nosso papo e de novo Daniela ligou para o Ielson Amorim.

– Ela, de novo? Passe a ligação. Disse para a telefonista.

– Daniela, veja bem: eu sou diretor de propaganda de um grupo chamado Paes Mendonça, um dos maiores do Brasil. Eu não posso colocar você para puxar o nosso trio no Carnaval. Você não tem nome para isso. Tenha paciência. A sua vez vai chegar, mas ainda é cedo. Eu tenho de dar satisfações aos meus diretores.

E assim, Daniela, naquele ano, não puxou o trio elétrico do grupo Paes Mendonça no Carnaval. Mas o Amorim estava certo: Daniela Mercury teve paciência e hoje  está consagrada estrela da música nacional e internacional, honra e glória da Bahia.

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