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A difícil missão do EC Vitória para 2024

Adalberto Cunha

A DIFICIL MISSÃO DO EC VITÓRIA PARA 2024

Acessar a série A do campeonato brasileiro, sabemos que não é nem um pouco fácil. Contudo, mais difícil ainda é manter-se nela. É necessário muito trabalho e atenção para que não se entre no efeito bumerangue. Acessar em um ano e cair no outro. Não se trata de pessimismo ou de espírito derrotista. Trata-se de um alerta realista e preventivo.

No calor da emoção – é natural – achamos que fomos o máximo e, realmente fomos. Mas, não somos. Como se diz na gíria futebolística “o sarrafo subiu“. Serie A é outra história.

Não caiam no erro de pensarem que com os mantimentos que têm na despensa podem fazer um grande jantar para convidados nobres. Não podem. E não adianta ir ao açougue da esquina comprar uma carne de segunda para fazer um ensopadinho ou mesmo um frango assado naquela TV de cachorro, não vai adiantar.

Sob minha ótica, – obvio não sou dono da verdade – entendo que o EC Vitória não tem time tampouco elenco para disputar uma série A do campeonato brasileiro.

Talvez, com esforço, possa colocar de três a quatro jogadores do atual plantel em condições de serem titulares para a disputa da série A. Não citarei nomes por uma questão de respeito aos profissionais envolvidos no processo.

Por outro lado, para composição de elenco, acredito, que possa contar com seis a sete atletas. Quando falo em composição de elenco, não estou me referindo a “constarem” na relação do grupo. Mas, em atletas que possam ser reservas imediatos e aptos a atuarem.

Desta forma, fica evidenciado a necessidade da contração de no mínimo um time inteiro para a disputa da série A em 2024. Caso não se coloque essa diretriz como base, o risco de insucesso é iminente.

Eis a grande questão! Onde encontrar esses atletas e, dentro do orçamento do Vitória. Haja trabalho e, com muita competência, dedicação e critérios.

Escuto falarem na aprovação de um orçamento para 2024 na ordem de 220 milhões de reais. Acredito que a aprovação do orçamento será possível. Contudo, a grande dificuldade será como se buscar as receitas para cobrirem esse montante.

É obvio que houve uma grande evolução na receita da TV que saiu de uma faixa de 8 para 80 milhões de reais, segundo comentários.

O quadro de sócios, também evoluiu de uma forma gigantesca, estando hoje perto de 35 mil sócios torcedores. Espero, que a forma de cobrança dessas mensalidades associativas sejam via cartão de crédito. Via de regra, o torcedor leva o clube do céu ao inferno em apenas uma semana. E, se não estiver bem amarrada tal cobrança, em caso de insucesso momentâneo, rapidinho uma boa parte dos sócios para de pagar.

Sem dúvidas que com o acesso a série A os contratos de publicidades surgem em maior número e em maiores valores.

Sinceramente, não vejo atletas disponíveis para negociações que possam representar um percentual representativo nesse montante de R$ 220 milhões. É fato que não tenho presença nos bastidores do clube e, portanto, posso estar equivocado.

Desta forma repito, haja trabalho dirigentes rubro-negros.

Desejo, todo o sucesso a vocês, e ouso citar um conceito sobre o futebol. Alguém já disse que o futebol não é uma ciência exata.

E, eu digo: futebol é tão difícil, que se você tiver um grande planejamento, gente competente e dinheiro em caixa para executá-lo, ainda assim não terá a certeza de êxito. Contudo, se o seu planejamento não for bom, sua situação financeira for deficiente e se não houver gente competente e comprometida para a sua execução, a certeza do fracasso é certa.

Boa sorte, muita competência e dedicação a todos vocês.

(ACunha-29.11.23)

4 respostas

  1. Perfeito. Os times do sul e sudeste com orçamentos estratosfericos tornam a missão do ECV muito desafiadora. 220 milhões é um orçamento baixo para disputar uma série A. O presidente do clube deve buscar bons patrocinadores, sondar jogadores que se destacaram em 2023. Não pode levar aa contratações em banho maria por que já sabemos como termina.

  2. Excelente colocações, manter os pés no chão, arregaçar as mangas, buscar investidores e trabalho redobrado da diretoria na busca de jogadores que somem ao club.

  3. Estou de pleno acordo com as ressalvas do amigo Adalberto.
    Os times já tarimbados na série A não vai dar mole para o nordeste.

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