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Adeus Ano Velho!

ADEUS ANO VELHO!

Quem não lembra de um refrão de uma das músicas mais executadas nas festas de finais de anos? “…adeus ano velho. Feliz ano novo. Que tudo se realize no ano que vai nascer…”
Estamos iniciando mais um ano. Bem-vindo 2022. Queremos dar um adeus bem efusivo ao ano de 2021. Tudo o que desejamos é que Bahia e Vitória consigam seus respectivos acessos às séries A e B do campeonato brasileiro em 2022, assim como desejamos também que os demais consigam êxito acessando às séries superiores, em nível nacional.

O futebol baiano teve em 2021 um dos piores anos de sua existência. Diversas ocorrências causaram consequências danosas aos nossos clubes. Destaco como as principais a queda da Jacuipense para a série D, o não acesso de Atlético, Bahia de Feira e Juazeirense à série C. No entanto a pior parte desse filme de terror foi sem nenhuma dúvida os rebaixamentos de Bahia e Vitória para a série B e C respectivamente.

Agora, é juntar os ossos e partir para a ressurreição. Temos realmente que levantar, sacudir a poeira e superar as
dificuldades. Não há meio termo. Subir será uma questão de sobrevivência e recuperação da dignidade desse futebol combalido da Bahia.

No E.C. Vitória o ambiente está visivelmente mais favorável do que antes para a execução de um árduo trabalho no sentido de resgatar o clube, trazendo-o de volta à série B. Com o afastamento do presidente titular e ascensão, por assim dizer, de Fábio Mota, nota-se de fato uma melhora na temperatura do ambiente rubro-negro.
Assim é que, na iminência do impedimento para contratar mais à frente devido à possível sanção da FIFA, foi prudente e ágil o atual presidente, Fábio Mota, conseguindo fazer as contratações necessárias para o início da temporada antes de uma iminente punição da FIFA.

Se os contratados estão à altura do objetivo planejado é o que veremos. Porém, é de uma clareza dolorida não se poder contar com um grande time de futebol quando se disputa uma série C, pois, além das dificuldades em encontrar jogadores de reconhecido nível técnico que queiram jogar na série C e ainda sem dinheiro, se multiplicam as barreiras e, à luz da realidade, fica difícil fazer escolhas. Hipoteticamente o elenco é o melhor que se pode ter agora. Ponto. Tomara que o clube consiga ter bom fluxo de caixa angariando novos patrocínios, vendendo alguns atletas e implementando algumas ações de marketing para entrar na disputa visando efetivamente sair desse deserto que é a Terceira Divisão do futebol brasileiro. Equacionar os problemas jurídicos urgentes é uma questão de necessidade e adaptação às próprias dificuldades. Cada momento é diferente de outro momento.

Se faz necessário atentar para as sanções impostas pela Fifa, que são semelhantes às da CNRD – Câmara Nacional da Resolução de Disputas. A primeira punição é a proibição de inscrição de novos atletas. Depois a perda de pontos e até o rebaixamento de divisão. Vide o que aconteceu com o Cruzeiro na serie B do ano de 2021 que foi punido com a perda de seis pontos.

Os clubes reclamam muito dessas punições. Particularmente acho-as corretas, porque com isso as questões dos calotes diminuíram bastante. Os clubes têm que ter mais responsabilidade com os compromissos que assumem. Não pode pagar, parcela a divida. Mas deixar à revelia não é correto.

A situação do Bahia também preocupa. Cada um com seus demônios. A perda financeira foi de grande monta. Basta ver que um orçamento de 216 milhões — foi o valor que entrou no clube em 2021 –-, caindo para 105 milhões, como previsto, então apresenta-se aí algo meio duvidoso para quem pretende voltar ainda neste ano para a elite.

É natural que com a redução dos recursos financeiros as despesas se adequem às receitas. Para isso foi preciso repensar o time que jogará a série B. Em função disso, do time titular que terminou o campeonato passado, saiu a metade considerada titular. Outros 50% será a base este ano.

Vale salientar que neste ano Eric Ramires foi vendido por 12 milhões e Matheus Bahia está na iminência de ser vendido para a Europa — Então dois laterais esquerdos já estão contratados e integrados ao Bahia. Contudo, o ponto mais preocupante é que a atual diretoria, na pessoa do presidente Bellintani, continua tomando atitudes equivocadas. É bem verdade que contratou João Paulo, um cara que pelo menos sabe de futebol, e que, em sua primeira ação trouxe o meia Junior Maranhão, uma boa contratação. Some-se a isto a reintegração de Marco Antônio que estava no Botafogo.

Agora, o que o presidente do Bahia precisa fazer é delegar poderes aos integrantes do departamento de futebol e acabar com essa de colegiado para decidir sobre o que a maioria desse famigerado colegiado não sabe, ou seja, de futebol. Esse colégio é mais uma invenção absurda de Guilherme Bellintani.

Desculpem-me, mas pessoas com inteligência mediana que persistem nos erros, nos dão margens a pensar que de inteligência nada têm. Podemos também as definir como pessoas soberbas, pirracentas, imbecis ou coisa que o valha.
Rezo para que eu esteja totalmente errado, mas, apesar da tradição, do peso da camisa e da torcida maravilhosa que o Bahia tem, ouso dizer que na pegada que vamos, não acredito que ele consiga voltar a série A em 2022.

Rezo também para que o Vitória consiga sair dos porões do futebol brasileiro e retomar sua luta em direção à série A ocupando o lugar de destaque que sempre foi seu. O fator dessa equação é mais união, zero de politicagem interna, amar verdadeiramente o Vitória e ignorar a voz do seu ego.

 

Adalberto Cunha – empresário

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