Por Frank Monteiro
Radialista e comentarista esportivo
O assunto do momento é Copa do Mundo e o caminho a ser percorrido para conquistar a sexta estrela. Talvez nesta edição haja mais crença que nas edições anteriores, mas há uma série de fatores que divergem com o favoritismo da seleção verde e amarela. Pela primeira vez serão 26 jogadores convocados para representar a seleção canarinho, há quem diga que não estamos bem representados e podemos começar destacando a convocação do lateral direito Daniel Alves. O baiano tem 39 anos é o jogador mais velho da história do Brasil em Copas, integrar a lista dos selecionados lhes rendeu duras críticas. É de conhecimento de todos que o futebol é jogado cada vez mais rápido e exige um nível de resistência significativa, virtudes que o camisa 13 da
Seleção não carrega mais na bagagem. Inserir o jogador que atualmente joga no Pumas do México na lista, significa faltar com respeito tanto com laterais que estão jogando em alto nível, a exemplo do Emerson Royal do Tottenham, quanto com a torcida brasileira.
A polêmica convocação do técnico Adenor, ainda conta com a ausência do atacante Gabriel Barbosa, jogador do Flamengo que marcou 29 gols nesta temporada, além das conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores da América. Parece não haver critérios para justificar a escolha do Tite, levando o Gabriel Martinelli do Arsenal ao em vez do “Gabigol”, Thiago Silva, zagueiro do
Chelsea novamente e deve ser titular quando temos o Lucas Veríssimo do Benfica ou o Ibañez da Roma. Para os amantes do Campeonato Inglês, sabem bem que no mínimo o Roberto Firmino que é peça fundamental do Liverpool, foi mais um injustiçado se comparado com o Raphinha hoje jogador do Barcelona.
Além da contestada convocação, é válido lembrar que mais um vez o Brasil não testa seu poder diante das potências europeias e pior, 17 das 32 seleções realizarão jogos preparatórios nos dias que antecedem o Mundial, mas, a comissão técnica brasileira decidiu não realizar esses amistosos. O Brasil vai ao Qatar sem enfrentar europeus a 3 anos e contestar se a Seleção está preparada é inevitável. Depois do penta, todas as eliminações foram diante dos rivais do Velho Continente. Se essas decisões foram assertivas ou não, se estamos no caminho do Hexa ou caminhando no escuro só iremos saber uma semana antes do Natal, caso o capitão que erguer a cobiçada taça for brasileiro.
