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LEVANTA-TE E ANDA!

LEVANTA-TE E ANDA!

 

Todos lembramos das palavras do título do presente texto.

Conforme passagem bíblica, foram proferidas pelo nosso Senhor Jesus Cristo ao ressuscitar Lazaro de seu leito de morte.

Pedindo perdão antecipadamente, ouso comparar a então passagem bíblica com a atual situação do futebol baiano.

A morte dos nossos dois maiores clubes não está verdadeiramente decretada. Mas o fato é que o EC Bahia e o EC Vitória, respectivamente, estão em estado grave na UTI.

Qual é o remédio? Logo, eu mesmo respondo, não há outro a não ser levantarem-se para andar. Contudo, o perigo de suas situações permanecerem instáveis ou mesmo piorarem é iminente.

Alguns desavisados, acham que sair das séries C e B para séries imediatamente superiores é como se fossemos à cozinha tomar um copo d’água e retornarmos. Ledo engano.

– O pior é que alguns desses desavisados fazem parte dos quadros diretivos de ambos os clubes. É como disse Edward Murphy, nada é tão ruim que não possa ser piorado.
A gente também costuma dizer que não adianta chorar o leite derramado, e, que certas situações que ocorrem em nossas vidas, devem ser esquecidas.
Nos casos dos decessos dos nossos maiores clubes em 2021, ao meu ver, não devem ser esquecidos sob nenhuma hipótese, mesmo porque sofrer duas vezes já beira o masoquismo. É preciso ter todos os cuidados para que não se repitam os mesmos erros, como vem acontecendo.
Curioso é que os dois clubes passam por situações bem parecidas.
Ambos sofrem a síndrome da política interna. Um deles, o Vitória, tem excesso de oposição e vive sob as questões históricas da política interna, das vaidades excessivas, dos desentendimentos interpessoais e do coronelismo tupiniquim que não resolve absolutamente nada e para nada serve.

• É a velha história, o cara gasta 10 para o vizinho não ganhar 5, e assim segue o calvário rubro-negro sem ter um único dia de paz.
Enquanto isso o Bahia sofre a mesma síndrome, que é substancialmente agravada pela questão política partidária infiltrada dentro da instituição. O atual sistema é o antônimo da pregada e não praticada democracia, posto que a mesma vive sob o jugo de um grupo que criou os currais eleitorais através de alguns puxadinhos que mascaram a democracia no clube.
Não há oposição à altura no E.C. Bahia porque esse tal grupo legaliza seus sórdidos interesses e forma maioria no Conselho.

Isto dá ao presidente do clube uma liberdade de ação que chega às raias da Política partidária. É nesse ponto que o Bahia é usado ao ponto de se parecer com uma ONG, ao promover dentre outras ações sociais, a famigerada “Agricultura Familiar” nas hostes do clube.
Não que eu seja contra a ações sociais. Pelo contrário, sou totalmente a favor. Mas o Bahia não é uma ONG, sim, um clube de futebol. Portanto, cada um no seu quadrado. Se em algum momento o time estiver muito bem nas competições que disputa, aí tudo bem, que se promova o lado social porque esse sobrevive através de um time de futebol campeão. Entretanto não são as ações sociais que fazem o time de futebol ser campeão.

Quem são os maiores culpados pelo estado em que essas duas agremiações se encontram? Sem dúvida alguma são os seus dirigentes. Que por incompetências, vaidades, politicagens de todas as formas e interesses pessoais, deixaram que os clubes chegassem ao estágio em que se encontram.
Os cargos exercidos nesses dois clubes gigantes do futebol brasileiro, por si só, já ensejam benesses pessoais. Mas, isso ocorre quando o processo gera sucesso. Atualmente, as respectivas situações têm se invertido, os dirigentes já ingressam nos clubes focando no PIP-PARTIDO DO INTERESSE PRÓPRIO, sobretudo aqueles que tem como objetivo ânsias ultra pessoais, ou ligações com a política partidária.

Um outro grande culpado que pode ser, também, o coeficiente das mudanças, é o TORCEDOR. Epa! auto lá! Os torcedores, que são o maior patrimônio que os clubes têm? Sim, eles mesmo.
O torcedor precisa entender melhor o processo atual que gere o futebol. A importância do chamado torcedor raiz, aquele que se faz presente nos estádios, é indiscutível. Contudo, a participação mais efetiva na vida dos clubes é imprescindível nos dias de hoje.

É necessário a associação em massa ao EC BAHIA e ao EC VITÓRIA.
Não me venham com aqueles velhos jargões “ah!, eu não vou dar o meu dinheiro a “fulano de tal”. Não, você não estará dando o seu suado dinheirinho ao dirigente “a” ou “b”, mas sim contribuindo para o engrandecimento do seu clube de coração e, sobretudo, pelo fato da votação em massa, o que liquidaria as ações desses grupelhos parasitas que atrapalham a democracia.
Quando EC Bahia e EC Vitória tiverem em seus quadros associativos entre 40 à 50 mil sócios adimplentes, haverá uma segurança financeira para se montar bons elencos e honrar os compromissos financeiros assumidos.

A participação ativa do torcedor na vida dos clubes, sobretudo nos seus respectivos processos eleitorais, é fundamental e necessária. Só desta forma acabaremos com essa democracia mascarada onde as eleições são legais, porém, manipuladas.

Estar presente nos estádios é muito importante, mas ser decisivo na vida do seu clube através do voto democrático é muito mais importante ainda.

Adalberto Cunha (empresário)

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