Década de 70. O Santos jogou em Salvador e daqui iria para outra capital do Nordeste, realizar outra partida. Na época, eu era repórter da Rádio Excelsior e fui escalado para fazer reportagens com os jogadores do clube paulista. A delegação estava hospedada num hotel no Corredor da Vitória. Lembro que o motorista do carro da rádio era o Afonso Batista Farias Filho. Chegamos lá e fomos informados que era folga do grupo e alguns jogadores estavam na praia do Porto da Barra.
– Afonso, vamos lá. Vou tentar fazer algumas entrevistas. Disse ao nosso amigo motorista.
Chegando por lá, de cara, ví o ponta-esquerda Edu, sentado numa toalha. Descí a escada e falei com o jogador.
– Bom dia, Edu, sou repórter da Rádio Excelsior. Posso fazer uma entrevista com você ?
Como ele não me disse nada, liguei o gravador e comecei.
– Olá amigos da Rádio Excelsior, estamos aqui ao lado do ponta-esquerda Edu, que foi destaque na partida de ontem. Bom dia, Edu .
Ele, com cara de desprezo, olhava para mim e não falava nada. E eu insistia.
– Bom dia . Edu.
E nada. Ai, resolví voltar. O cara não me deu uma palavra, me deixou falando sozinho. Nem teve a gentileza de dizer que não queria ou não podia falar, por qualquer motivo. Coisas da vida de repórter. Hoje, estou participando do programa, Ligação Direta, na Rádio Nova Salvador FM, 92.3, das 7 às 9 horas da manhã, ao lado do competente Marcelo Carvalho, e com o meu site Em Cima do Lance.com.br. Com relação ao ex-ponta esquerda do Santos e da Seleção Brasileira, não sei por onde anda.
Foto: site, semprepeixe.com.br
