O Ministério Público do Paraguai concluiu nesta semana as investigações sobre o “Caso Ronaldinho” e decidiu que não vai apresentar nenhuma nova denúncia contra o ex-jogador e seu irmão, Roberto de Assis, que estão presos em Assunção desde 6 de março.
Assim, fica aberto o caminho para que Ronaldinho e Assis voltem ao Brasil. Como o código penal paraguaio prevê o máximo de seis meses para prisão preventiva, prazo que terminará no início de setembro, o MP solicita que os dois sejam colocados em liberdade condicional, podendo retornar ao Brasil. A petição propõe algumas exigências aos dois ex-jogadores, incluindo o pagamento de um total de US$ 200 mil de multas, que terão de ser avaliadas pelo juiz Gustavo Amarilla. A audiência ainda não está marcada, mas deve ocorrer semana que vem.
– Foi reconhecido pelo Ministério Público que inexiste crime de natureza financeira ou correlato em relação ao Ronaldo e ao Roberto. Após cinco longos meses, restou demonstrado exatamente o que se defendeu desde início: a utilização de documentos públicos adulterados sem o conhecimento dos defendidos – declarou Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho e Assis ao ge.
O Ministério Público permite a volta dos dois ao Brasil e sugere as seguintes penas para apreciação do juiz Gustavo Amarilla, que precisará ratificá-las e poderá também incluir outras obrigações:
Para Roberto de Assis:
- Liberdade condicional de 2 anos;
- Pagamento de multa de US$ 110 mil (R$ 596 mil);
- Declaração de residência fixa no Brasil onde possa ser encontrado;
- Comparecimento a cada três meses ante uma autoridade judicial no Brasil.
Para Ronaldinho:
- Liberdade condicional de 1 ano;
- US$ 90 mil de multa (R$ 487 mil);
- Declaração de residência fixa no Brasil onde possa ser encontrado;
- Comparecimento a cada três meses ante uma autoridade judicial no Brasil.
Informações: GE